2021 Novena da Festa

Apresentação

Todos nós participamos da sua plenitude,
recebendo graças sobre graças.
- Jo 1, 16 -

 

 

Muito queridas irmãs e toda a Família de Maria Rivier,

Vivemos um momento único, singular na nossa história de família. Louvamos e damos graças com Maria pelos 225 anos da nossa Congregação.

Uma história a contemplar, para melhor conhecer e valorizar, para juntos avançarmos na fé, na confiança e no amor. São Paulo convida-nos com audácia: Sede sempre alegres… Em tudo dai graças. Esta é, de facto, a vontade de Deus a vosso respeito em Jesus Cristo (1 Ts 5, 16.18).

Durante esta novena somos chamados a contemplar Maria: a Virgem fiel, a Mãe de Deus, a bendita entre todas as mulheres, a chama viva no nosso caminho. Ela é a humanidade que aceita a Deus, o anúncio de uma humanidade transfigurada. Olhamo-la e admiramo-la. 

 Santa Maria, mulher do caminho, gostaríamos de parecer-nos a ti durante as nossas viagens. Agradecemos-te porque com as palavras, fazei tudo o que ele vos disser, revelas o misterioso segredo da juventude e confias-nos o poder de despertar a aurora mesmo no coração da noite.

Celebrar os 225 anos da nossa Fundação é uma experiência de graça, beleza e alegria. Os nossos olhos e corações voltam-se para a aldeia de Thueyts. Juntos percorremos o caminho. Maria Rivier, à frente da procissão, leva-nos ao lugar onde o Senhor colocou a pedra angular «Vinde e Vede».

Com humildade e entusiasmo, todos nós, as suas filhas de ontem e de hoje, e a Família espiritual, estamos presentes e seguimo-la para viver a alegria do encontro e da festa no coração de Jesus e Maria, nossa Mãe e Guardiã.

Que a Virgem Maria, Mãe de Deus e Mãe da Igreja, nos obtenha a graça de vivermos intimamente associados à obra da Redenção de Jesus Cristo através de toda a nossa vida. Que ela nos obtenha a audácia de anunciar Jesus Cristo a todos aqueles a quem somos enviados.

Juntos para proclamar JESUS CRISTO por toda a nossa vida!

Em comunhão com as minhas Conselheiras, desejo-vos uma fervorosa novena e uma belíssima festa da Apresentação de Maria,

Madre Maria dos Anjos Alves, pm

 

13 novembro    A minha alma glorifica o Senhor
e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador!

14 novembro     Pôs os olhos na humildade da sua serva

15 novembro      De hoje em diante, me chamarão  bem-aventurada todas as gerações.

16 novembro       O Todo-poderoso fez em mim maravilhas. Santo é o seu nome.

17 novembro       A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem.

18 novembro      Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes.

19 novembro       Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias

20 novembro      Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia,
como tinha prometido a nossos pais

21 novembro       a Abraão e à sua descendência, para sempre

21 novembro

225 anos de fundação

Maria abraça no seu louvor a totalidade do plano divino desde as promessas feitas aos antepassados, a partir da Aliança com Abraão. Compromete-se totalmente com uma visão de futuro, proclama uma esperança, um salto para uma salvação universal dos crentes, chamados a partilhar a fé do patriarca Abraão.                      -Paul Veyron-

Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas… conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-me, assim como o Pai me conhece e Eu conheço o Pai; e ofereço a minha vida pelas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil. Também estas Eu preciso de as trazer e hão-de ouvir a minha voz; e haverá um só rebanho e um só pastor.

Jo 10:11-16

Reflexão

O Magnificat é um cântico de experiência.  Mas é também um cântico de esperança, uma grande visão otimista.  Maria ensina-nos os caminhos da esperança, convencida de que Deus é amor.  O seu Filho dá-lhe razão, porque vem “para salvar o que está perdido”, e senta-se à mesa com publicanos e pecadores.  Este é o nosso Deus, o Deus que Maria canta. 

 (Fr. Giovanni Maria Bigotto, fms, Marie, la Mère de Jésus, 187 ss)

 

Contemplemos Maria

Maria, mulher do vinho novo, devolve-nos o gosto pelas coisas, liberta-nos de satisfações fáceis, de conversões em pequena escala, de remendos por conveniência. Quando sentirmos que o vinho novo vai partir os odres velhos, dá-nos a prudência de substituir os recipientes, acende-nos no coração a coragem de avançar. Agradecemos-te porque com as palavras Fazei o que ele vos disser, revelas o misterioso segredo da juventude e confias-nos o poder de despertar a aurora mesmo no coração da noite. (Tonino Bello)

Escritos de família

Nós, Irmãs da Apresentação de Maria, entramos neste movimento de louvor, ação de graças, bênção e gratidão a Deus, Pai de ternura e de misericórdia. Peçamos à Virgem Maria que nos introduza neste abismo de benevolência. Demos graças pela Virgem Maria que fez tudo por Maria Rivier e pela nossa Congregação ao longo destes 225 anos.

(Madre Maria dos Anjos Alves)

O Senhor toma o partido do seu povo.  Maria é a representante perfeita do seu povo. As profecias relativas ao servo sofredor não se cumprirão apenas na pessoa de Cristo. Elas estender-se-ão necessariamente a todo o Seu Corpo.  Deus lembra-se, Ele é fiel no amor.  O seu amor foi, é e será. (Paul Veyron)

Palavra de Deus – Jo 6, 37-40

Todos os que o Pai me dá virão a mim; e quem vier a mim Eu não o rejeitarei, porque desci do Céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E a vontade daquele que me enviou é esta: que Eu não perca nenhum daqueles que Ele me deu, mas o ressuscite no último dia. Esta é, pois, a vontade do meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia.

Reflexão

Maria diz: “A minha alma exulta o Senhor”. A Igreja ainda hoje a canta e canta-a em todo o mundo. Este hino é particularmente intenso onde o Corpo de Cristo sofre hoje a Paixão. Onde há a Cruz, para nós, cristãos, há sempre Esperança. Se não há esperança, nós não somos cristãos. É por isso que gosto de dizer: não deixem que vos roubem a esperança. Não deixem que a esperança vos seja roubada, porque esta força é uma Graça, um Dom de Deus, que nos lança para a frente, olhando o céu. E Maria está sempre presente, próxima destas comunidades, dos nossos irmãos, ela caminha com eles, sofre com eles e canta com eles o Magnificat da esperança.

      Unamo-nos também, de todo o coração, a este Canto de paciência e vitória, de luta e alegria, que une a Igreja triunfante e a Igreja peregrina, que une a terra e o céu, que une a nossa história e a eternidade para a qual caminhamos. A esperança é a virtude daqueles que, experimentando o conflito, a luta diária entre a vida e a morte, entre o bem e o mal, acreditam na Ressurreição de Cristo, na vitória do Amor.  (Papa Francisco, homilia, 15 agosto 2013)

Contemplemos Maria

Santa Maria, mulher do caminho, queremos parecer-nos contigo nas nossas viagens. Dá-nos o gosto da vida. Faz-nos saborear o inebriante das coisas. Faz dos nossos caminhos instrumentos de comunicação com os outros. Se nos vires perdidos à beira da estrada, pára, ó doce Samaritana, e derrama sobre as nossas feridas o óleo da consolação e o vinho da esperança. E depois coloca-nos de novo no caminho certo.    (Tonino Bello)

Tomemos tempo para contemplar a Virgem Maria, modelo de mulher bem enraizada no seu povo.
Ela foi a serva alegre da Palavra.
- Madre Angèle Dion-

A ação de Deus no mundo irá transformar a ordem das coisas ao nível mais humano e temporal. Os famintos e os ricos, estas palavras denunciam a realidade mais gritante e dramática da atualidade. O nosso elogio alegre não é todo descansado! Tem de nos comprometer por caminhos difíceis! Para Jesus, existe apenas um pecado: fechar o coração à miséria dos outros. Eu era aquele homem pobre, faminto, nu, doente…            (Paul Veyron)                                                            

Mateo 25, 31-40

Quando o Filho do Homem vier na sua glória, acompanhado por todos os seus anjos, há-de sentar-se no seu trono de glória… separará as pessoas umas das outras, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. À sua direita porá as ovelhas e à sua esquerda, os cabritos. O Rei dirá, então, aos da sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber, era peregrino e recolhestes-me, estava nu e destes-me que vestir, adoeci e visitastes-me, estive na prisão e fostes ter comigo.’… ‘Em verdade vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes.’

Reflexão

O Magnificat é a canção da definitiva libertação messiânica.  A Virgem levantou-se depois de Deus ter estendido o seu poderoso braço para que ela pudesse conceber no seu ventre o Messias Salvador.  Na libertação messiânica, Maria é, de facto, a primeira a ser libertada.  O seu salvador olhou para a humildade da sua serva.  Deus olha sempre para os mais pequenos para tomar conta deles.  A Virgem sente-se objeto muito especial desta opção. 

Maria exulta, mas não se exalta; não se proclama libertadora, mas libertada.  Deus é o libertador.  Ela é a serva do Libertador por excelência, uma serva no sentido de colaboradora de Deus, um instrumento de libertação trazido por ele.  Refletindo sobre a viagem de Maria, compreendemos que a humildade é o caminho a seguir, que o orgulho é o poderoso opressor do qual devemos ser libertados.  De facto, o orgulho é o nosso ditador interior. Só a graça do Espírito é a libertação da nossa liberdade.  (OSM, p. 119-120) 

"Mariaé um mistério de inocência e de solidariedade com o mundo pecaminoso pelo qual ela agonizou com Jesus. Ela ensina-nos uma oração de solidariedade com a humanidade que busca e sofre. "
- Mère Jean-Théophane -

Misteriosamente e poderosamente, em tudo, Deus está a trabalhar.  Ele age, dispersa, derruba, enche, retorna. Ele dispersa homens com corações soberbos. Estas pessoas honram-me com os seus lábios, mas os seus corações estão longe de mim.  O mal dos humanos tem origem no fundo do coração… mas Deus está lá, a trabalhar com os homens, e tudo se volta para o lado da vida.

Vemos dois poderosos movimentos simbólicos: um movimento de cima e um movimento de baixo.  O próprio Jesus será humilhado e depois erguido, exaltado. O próprio Jesus é o Reino que está a chegar e que Maria percebe no seu Magnificat.  Para cada pessoa, a divisão entre o poderoso e o humilde é feita no seu coração, e cabe a cada pessoa escolher.        (Paul Veyron) 

Palavra de Deus Lucas 4, 16-19

Veio a Nazaré, onde tinha sido criado. Segundo o seu costume, entrou em dia de sábado na sinagoga e levantou-se para ler. Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e, desenrolando-o, deparou com a passagem em que está escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor.

Contemplemos Maria

Maria, eu olho para ti e agradeço-te.  Obrigado por levares Jesus, por o teres dado à luz, por o teres criado, e por teres aceite a sua morte por nós.  Maria, eu olho para ti e admiro-te.  Admiro a tua fé, o teu silêncio meditativo, a tua forma de fazer exatamente o que o Senhor esperava de ti.  Maria, olho para ti e peço-te que me ajudes a compreender bem Jesus, a ouvir os seus apelos, a ir até ao fim do que ele me pede neste momento.    – André Sève –

" Devemos permanecer junto de Maria, aprendendo com ela cada vez mais a viver para Deus, de Deus e em Deus, uma vida de amor total e ininterrupto, a vida com a qual a nossa vocação nos comprometeu definitivamente."
- Mère Sainte Jeanne d’Arc -

 

O amor de misericórdia vai desde a piedade até à extrema ternura do criador pelo seu filho miserável.  Passa pela infinita compaixão; ele é inteiramente graça. Por fim, a ternura misericordiosa de Deus será completamente absorvida em ágape, o próprio amor com que o Pai ama o seu Filho.   -Paul Veyron –

Aqueles que temem a Deus são aqueles cuja vida não tem sentido senão em Deus, aqueles para quem é impossível viver fora de Deus.  Os orgulhosos são todos aqueles que querem construir a vida 

sem Deus, e que até vêem Deus como um obstáculo.  Este é o orgulho de um mundo que não quer Deus.    – Michel Gourgues –

Palavra de Deus Mateo 9, 11-13

Reflexão

Aquele que confia no Senhor estará sempre rodeado e protegido pela Sua misericórdia e terá a certeza de não se perder. O episódio evangélico da mulher adúltera é extraordinário; Jesus diz: “Eu também não vos condeno; ide e não pequeis mais”. Ficamos impressionados com a atitude de Jesus: ele não diz palavras de desprezo ou de condenação, mas apenas palavras de amor e de misericórdia. O rosto de Deus é o de um Pai misericordioso que tem uma paciência infinita: ele compreende-nos, espera por nós e não se cansa de nos perdoar se soubermos voltar para ele com um coração contrito. Como mostra o outro episódio evangélico do pai misericordioso: “Quando ainda estava longe, o seu pai viu-o e ficou emocionado, correu ao seu encontro, atirou-se-lhe ao pescoço e beijou-o”.                                            – Santo Afonso de Ligório –

" Abandonai-vos totalmente à sua terna solicitude. "
- Mère Saint-Maurice -

 

 

A graça é devolvida ao seu autor. Maria sabe muito bem que foi Deus quem produziu o fruto, foi Ele quem lho deu.  Voltar o bem à sua fonte, reconhecer que todo o bem vem d’Ele, eis a graça de Maria.  A seus olhos, foi Deus quem tudo fez  

Santo é o seu nome! O Nome é todo o mistério de Deus e, acima de tudo, a sua santidade. O Nome é também o fruto do seu ventre, anunciado pelo anjo.  Dar-lhe-ás o nome de Jesus.  O Senhor salva.

O Nome oculto, eis que em Maria ele assumiu carne e sangue. Tornou-se mais do que próximo, íntimo de si mesma. Maria atinge o ápice de tudo o que uma criatura pode sentir de respeito perante o infinito de Deus, ou seja, acreditar e adorar. (Paul Veyron)

Palavra de Deus João 17, 1-6

Pai, manifesta a glória do teu Filho, de modo que o Filho manifeste a tua glória, segundo o poder que lhe deste sobre toda a Humanidade, a fim de que dê a vida eterna a todos os que lhe entregaste. Que te conheçam a ti, único Deus verdadeiro, e aquele, a quem Tu enviaste. Eu manifestei a tua glória na Terra, levando a cabo a obra que me deste a realizar. E agora Tu, ó Pai, manifesta a minha glória junto de ti, aquela glória que Eu tinha junto de ti, antes de o mundo existir. Dei-te a conhecer aos homens…

Contemplemos Maria

Maria, cheia de graça, rosto em que se pode ver a beleza maravilhosa da criação, Maria, puro cristal em que se podem ver os nossos nomes inscritos na pedrinha branca, Maria, chama viva na nossa viagem no deserto; doçura nos dias secos, sorriso nos dias de provação, alegria tranquila nos dias de paz.  Ensina-nos, ó Puríssima, o caminho do abandono radical, o caminho para o coração de Deus através do Filho. Ensina-nos, ó Dulcíssima, a contemplação silenciosa que guarda todas as coisas no seu coração. Ensina-nos, ó Toda Bela, o impulso do amor que não conta os seus passos para acompanhar a Glória do Bem-Amado.   (uma irmã eremita)

 Pai Santo, damos-te graças pela tua presença

muitas vezes silenciosa e escondida no mundo. 

Através de Maria, modelo de fé,

ensina-nos a tornar-nos testemunhas autênticas da tua

misteriosa presença no mundo.  Ámen!

"Que Maria seja sempre a nossa estrela, sempre a nossa esperança, sempre a ajuda que o nosso coração implora. "
- Mère Sainte-Séraphine -

    

 

María, desde ese momento y para siempre, es «la Madre del Señor». La Iglesia dirá la Madre de Dios. María da un salto hacia el infinito, hacia el futuro: ahora todas las generaciones la felicitarán y la bendecirán. Todas las bendiciones divinas sobre la persona y el destino de María están contenidas en esta palabra profética. El Magnificat deja intuir esta carta inaugural del Reino que se expresará por la boca de Jesús:  las ocho «Bienaventuranzas».   (Paul Veyron 48)

Palavra de Deus – Mateo 5, 1-10

Ao ver a multidão, Jesus subiu a um monte. Depois de se ter sentado, os discípulos aproximaram-se dele. Então tomou a palavra e começou a ensiná-los, dizendo:
Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu.
Felizes os que choram, porque serão consolados.
Felizes os mansos, porque possuirão a terra.
Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Felizes os puros de coração, porque verão a Deus.
Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
Felizes os que sofrem perseguição por causa da justiça,
porque deles é o Reino do Céu.

Escritos de família

A Madre Saint-Adrien tinha uma devoção singular a Maria, que ela gostava especialmente de honrar sob o título de Nossa Senhora das Sete Dores. Ela escreveu-lhe esta nota: Minha boa e terna Mãe, toda a nossa confiança reside no vosso amor materno e na proteção especial que estais disposta a dar à nossa Congregação, que é obra vossa.  É vossa propriedade, minha boa Mãe…                                                             (Mère Saint-Adrien, p. 89)

 

                   Por um dom total e definitivo

                   de todo o nosso ser ao Senhor,

            entregámo-nos sem reserva à sua Palavra,

                        esperando só dele a nossa felicidade. (Constituições)

" A Santa Virgem Maria é nossa Mãe e guardiã."
- Maria Rivier -

Dia 2
Pôs os olhos na humildade da sua serva

Maria, sob o olhar de Deus que a ama, descobre-se a si mesma em plenitude de existência.  Desde o início e para sempre, ela permanece ligada à fonte: o coração de Deus. Sob este olhar, que a atingiu profundamente, ela é toda entrega, é toda acolhimento e toda humildade. Maria conhece-se e aceita-se na sua pobreza radical. Toda descentrada dela mesma graças ao seu louvor, sem um olhar sobre si mesma, mas transparente ao olhar do Outro, ela é a própria humildade, verdadeira humildade, a que ainda chamamos simplicidade.       (Paul Veyron, 48) 

 

Palavra de Deus – Mt 18, 1-5

Os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: «Quem é o maior no Reino do Céu?» Ele chamou um menino, colocou-o no meio deles e disse: «Em verdade vos digo: Se não voltardes a ser como as criancinhas, não podereis entrar no Reino do Céu. Quem, pois, se fizer humilde como este menino será o maior no Reino do Céu. Quem receber um menino como este, em meu nome, é a mim que recebe.»

Contemplemos Maria

Prodigiosa, ela não fez nenhum prodígio. Ela, o sim de Deus, nada disse.  Ela não falou.  Não falou de si mesma.  Não deixou escritos, nem testamento. Sim, Jesus Cristo! Maria, Mãe de Deus: este é o único título de glória da Virgem. A pureza de que se fala em relação à Imaculada Conceição nada mais é do que esta transparência à vontade de Deus… Precisamos desta transparência da Virgem para aceitar que Deus nos chama a realizar algo do seu plano.       (Pierre Talec)

" pensai, falai e agi como ela; deixai que a sua conduta seja o modelo da vossa. "
- Madre Arsène -

Dia 1
A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador!

Os louvores brotam!  Que o Espírito de louvor nos dê a capacidade de bem o escutar a fim de aprendermos a louvar.  Louvar é, antes de mais nada, ouvir o coração, libertar a alma, deixar que o que o Espírito diz ao nosso espírito brote das profundezas do nosso ser. Maria abre amplamente a porta para louvar. Louvor e alegria são um só. Com o Magnificat surge uma nova alegria.  Jesus, em pessoa, é a novidade absoluta.  A irrupção de Deus na nossa terra, na carne de Maria, é uma alegria absoluta.  Jamais parará.   (Paul Veyron, 46, 47)

Reflexão

Que alegria e, ao mesmo tempo, que sobriedade e densidade no júbilo de Maria!  Ela está no auge da alegria.  Ela canta ao Deus que é a Fonte. Ela esquece-se de si própria para reportar tudo apenas a Deus. Do fundo da sua alma, ela vive dele e para ele.  A adoração é a respiração do seu ser. Vivendo a um grau sem precedentes o grande mandamento do amor de Deus, é nele que ela encontra a sua felicidade essencial. Maria existe essencialmente para Deus.   (René Coste, Le Magnificat)                                                                                          

"para que não haja aqui nada, nem as pedras, que não seja consagrado a Maria"
- Maria Rivier -

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