Novena da Festa 2020

A melhor motivação para se decidir a comunicar o Evangelho é contemplá-lo com amor, é deter-se nas suas páginas e lê-lo com o coração. Se o abordamos desta maneira, a sua beleza deslumbra-nos, volta a cativar-nos vezes sem conta.  Por isso, é urgente recuperar um espírito contemplativo, que nos permita redescobrir, cada dia, que somos depositários dum bem que humaniza, que ajuda a levar uma vida nova”.  Papa Francisco, Evangelii Gaudium,

À saudação cheia de admiração de Isabel, Maria responde, por sua vez, louvando o Senhor: Minha alma exalta o Senhor, exulta o meu espírito em Deus, meu Salvador! Maria proclama as maravilhas que Deus realizou na sua pequenez, maravilhas essas que Ele vai realizar em todos aqueles que o temem, ou seja naqueles que tiverem o coração humilde, os humildes e os pequenos”.

– Escritos de família –

Lc 1, 26-38   

Ao sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem chamado José, da casa de David; e o nome da virgem era Maria. Ao entrar em casa dela, o anjo disse-lhe: Salvé, ó cheia de graça, o Senhor está contigo. Ao ouvir estas palavras, ela perturbou-se e inquiria de si própria o que significava tal saudação. Disse-lhe o anjo: Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus. Hás-de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Será grande e vai chamar-se Filho do Altíssimo. O Senhor Deus vai dar-lhe o trono de seu pai David, reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim. Maria disse ao anjo: como será isso, se eu não conheço homem? O anjo respondeu-lhe: o Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer é Santo e será chamado Filho de Deus. Também a tua parente Isabel concebeu um filho na sua velhice e já está no sexto mês, ela, a quem chamavam estéril, porque nada é impossível a Deus. Maria disse, então: Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.

“Ao dizer-se Serva do Senhor, Maria a cheia de Graça, exprime a sua total disponibilidade, mas também a sua fé profunda na bondade de Deus, que quer apenas a felicidade da Sua criatura. Em Maria, a glória de Deus entra no mundo através da porta da humildade e da pobreza. O que importa para Maria é o desígnio de Deus e não o seu, é a glória de Deus e não a sua. Ela somente quis existir para Deus. 

Ninguém vive para si mesmo, dirá São Paulo, se vivemos, vivemos para o Senhor; se morrermos, morremos para o Senhor. Portanto, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor (Rm 14,7-8).”                   – Escritos de família –

“O discípulo (que vem do verbo latino dìscere = aprender) vai à escola para aprender. Na escola da Palavra feita carne, ele aprende que o primeiro serviço a ser prestado a Deus – e a todos – é ouvir. A relação começa por escutar e não por “fazer”. Depois, quando a Palavra se torna um olhar, temos a contemplação. Ouvindo o Senhor e as suas palavras, como fez o profeta Jeremias: Quando encontrei as tuas palavras, devorei-as; eram a minha alegria, o deleite do meu coração, porque o teu nome foi invocado sobre mim, Senhor, Deus do universo (Jr 15,16).

O Pai diz: Este é o meu Filho amado, em quem encontro a minha alegria: ouçam-no! (Mt 17, 5; cf. também Lc 9, 35; Mc 9, 6): “Escutai Jesus” e tornar-vos-eis Jesus na escuta.

Escutar a Deus é compreendê-Lo, aceitá-Lo, deixá-Lo entrar e permanecer em nós. A hospitalidade humana é agir de forma a que outros vivam connosco. A hospitalidade cristã é agir de modo a que o Outro (Deus) e os outros habitem em nós”.                            Papa Francisco